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Jessé Cardoso: o renascimento do Campo Grande Atlético Clube
O ano de 2018 marcou um dos momentos mais importantes da história do Campo Grande Atlético Clube.
Um grupo de associados resistentes, um deputado estadual e um vereador disputaram o direito de enterrar definitivamente os ” coveiros” do CGAC nas pessoas de João Elis Neto e companhia.
Quis os deuses do futebol que o vencedor fosse o vereador Zico da Zona Oeste Raiz, o que tinha o melhor projeto e o compromisso pessoal, pelo seu envolvimento com o futebol, de levar adiante a dura tarefa de ressuscitar o clube, independente do custo, mesmo que fosse à sua carreira política.
O “fogo amigo”, sem autoridade, tentou atrapalhar mas não conseguiu. Nos primeiros anos da nova gestão o clube já estava saneado administrativavente, com Ginásio Esportivo, Parque Aquático, Campo de Futebol e arquibancadas – nesse caso parcialmente recuperados – disponíveis para a sociedade campograndense, mesmo para os não associados que podem desfrutar de atividades esportivas e sociais.
Na sua atividade principal, o clube está em dia com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e marca presença em todo o calendário anual, disputando todas as competições da entidade, em quase todas as categorias. Em média, considerando as categorias – sub-11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, sub 20 e profissional -, o clube participa de centenas de partidas oficiais durante o ano.
Nessa nova era o clube ganhou o campeonato da Copa Zico 2019 – categoria Sub 15; o campeonato da Copa Zico 2020 – categoria Sub 13; o campeonato da Copa União 2020 – Sub 17; o Campeonato Metropolitano Série Bronze 2021 – Sub 13; o campeonato Metropolitano Série Bronze 2021 – Sub 14 (Invicto); o campeonato Metropolitano Série Prata 2022 – Sub 13; o campeonato Metropolitano Carioca Série 2022 – Sub 13; o campeonato Metropolitano da Copa União 2023 – Sub 15; 0 campeonato Metropolitano Série Prata 2023 – Sub 11 e o campeonato Metropolitano Série Prata 2023 – Sub 12. No ano de 2018, o clube venceu o campeonato da quarta divisão de profissionais e ascendeu as Série B2 e, consequentemente, B1 do Futebol do estado, hoje disputa a Série B2.
O saneamento financeiro precisará de mais alguns anos para acontecer, por conta do tamanho das dívidas públicas, privadas, fiscais e trabalhistas herdadas. Os parcos recursos financeiros que chegam ao clube oriundos de merchandising e patrocinadores pontuais, são aplicados preferencialmente no futebol, desde as categorias de base até a profissional. Recursos financeiros de apoiadores também ajudam nas despesas de translados, estadia e alimentação dos atletas. Nenhum atleta de futebol amador paga taxas, ou similares para exercerem suas atividades no clube, alguns recebem uma bolsa auxílio, dependendo do caso. Todos os atletas profissionais são devidamente registrados nos órgãos competentes e recebem seus vencimentos em dia.
O futuro do clube está sendo planejado cuidadosamente pela diretoria de futebol e passa pelo sucesso das categorias de base num cenário de médio e longo prazo.
Sem recursos para contratar jogadores experientes e bem avaliados no mercado, livres de más influências, a estratégia é descobrir novos talentos, prepará-los para representar bem o clube e/ou negocia-los no mercado. – isso também significa fugir dos vícios do mercado, cada vez mais influenciado pelas casas de apostas – compra de resultados -.
Outra estratégia, a das parcerias, vem sendo executada com o setor público e privado, e vem dando certo. A maior delas é com a Prefeitura do Rio de Janeiro que está comprometida com a recuperação física do Estádio Ítalo Del Cima, sem a qual o projeto de renascimento do clube fica comprometido. Segundo o prefeito Eduardo Paes, falta muito pouco para isso acontecer.
O resultado será um Campo Grande Atlético Clube com equipes qualificadas e recursos financeiros suficientes para se desenvolver com segurança e sustentabilidade, social e desportivamente.
Dessa forma, está sendo construído o Renascimento do Campo Grande Atlético Clube, o Galo da Zona Oeste Raiz.